Tipos de Impulsores e Agitadores para tanques e béquers

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Tipos de impulsores e agitadores para tanques e béquers mais utilizados pelas indústrias brasileiras. 

Reunimos neste post os principais impulsores e agitadores utilizados em tanques industriais e béquers laboratoriais no Brasil. Alguns variam conforme o objetivo do processo — suspensão de sólidos, dispersão de pigmentos, homogeneização, transferência de calor ou dissolução — e conforme as propriedades do fluido, como viscosidade e sensibilidade ao cisalhamento.

A escolha do impulsor adequado deve considerar três parâmetros críticos: a faixa de viscosidade e sensibilidade ao cisalhamento do produto; a necessidade predominante entre suspensão, homogeneização ou dispersão; e a geometria do tanque — como fundo cônico, presença de baffles e perfis de aquecimento — além da potência disponível do conjunto motor/agitador.

O dimensionamento adequado do diâmetro do impulsor em relação ao diâmetro do tanque, a velocidade de rotação e o posicionamento do eixo — centralizado ou excêntrico — são decisivos para evitar zonas mortas e otimizar o tempo de mistura.

Materiais como aço inox 304 ou 316L são os mais utilizados no mercado brasileiro devido à resistência química, durabilidade e facilidade de limpeza, especialmente nas indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia.

Em laboratório, recomenda-se iniciar com agitadores magnéticos para provas preliminares e migrar para hélices pequenas ou disco Cowles na escala-piloto quando o processo exigir dispersão, energia mais elevada ou controle de granulometria.

Nos tanques industriais, a combinação entre um agitador dispersor, como disco ou turbina, e um impulsor de alta viscosidade, como âncora com raspadores, costuma ser a solução ideal para produtos espessos que também precisam de limpeza contínua das paredes do tanque.

 

 

Tipo de Impulsor

Características do Fluxo

Faixa de Viscosidade

Aplicações Típicas

1. Hélice (Propulsores)

Axial (empurra o fluido paralelamente ao eixo). Alto bombeamento, baixo cisalhamento (suave).

Baixa (geralmente abaixo de 5.000 cP).

Dissolução de líquidos miscíveis, suspensão de sólidos leves, transferência de calor e massa (onde é necessário mover grandes volumes de fluido).

2. Turbina (Rushton, Pás Inclinadas)

Radial (principalmente para a Rushton) ou Misto/Axial (Pás Inclinadas). Alto cisalhamento, usado em alta velocidade.

Baixa a Média (abaixo de 50.000 cP).

Dispersão de gases (Rushton), emulsões, dispersão de sólidos, aceleração de reações químicas (o cisalhamento quebra aglomerados).

3. Pás (Pás Verticais/Retas)

Radial (principalmente no plano do impulsor). Cisalhamento moderado.

Média (1 a 50.000 cP).

Mistura de fluidos viscosos, em que fornecem um fluxo adequado para o regime laminar. Não são ideais para suspender sólidos.

4. Âncora

Tangencial/Misto. Fluxo lento, alto torque, baixo cisalhamento. Sua pá é próxima à parede do tanque.

Alta (acima de 50.000 cP, em regime laminar).

Transferência de calor em fluidos viscosos (evita incrustação na parede), mistura de pastas e fluidos muito consistentes (ex: polímeros, resinas, géis).

5. Fita Helicoidal (Dupla Fita Helicoidal)

Axial (promove fluxo ascendente e descendente). Alto torque, bombeamento eficaz em fluidos espessos.

Muito Alta (acima de 100.000 cP).

Fluidos extremamente viscosos, como polímeros sensíveis ao cisalhamento e massas pastosas. É o mais eficaz para homogeneizar grandes volumes de alta viscosidade.

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