Como escolher um Agitador Magnético?

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Como escolher um agitador magnético?

Esse é um guia completo da definição à especificação de como escolher um agitador magnético para uso em laboratório. Seja com aquecimento, sem aquecimento ou multiplataformas. 

Se você precisa compreender com precisão o que faz um agitador magnético, como as variações de potência influenciam a estabilidade da agitação e de que forma o controle de aquecimento impacta diretamente a repetibilidade dos seus processos, este conteúdo foi desenvolvido para orientar decisões técnicas com maior segurança.

Ao longo do texto de como escolher um agitador magnético, você entenderá por que parâmetros como faixa de rotação, capacidade de carga, tipo de controle eletrônico e uniformidade térmica não são detalhes secundários, mas fatores determinantes para a qualidade final de análises, formulações e ensaios laboratoriais.

Além disso, o post aprofunda as diferenças práticas entre modelos analógicos e digitais, destacando como o nível de controle, a precisão operacional e a durabilidade do equipamento interferem no desempenho diário e nos custos de médio e longo prazo.

A proposta é oferecer uma visão clara e aplicável, permitindo facilitar sua vida quando o assunto for como escolher um agitador magnético mais adequado à realidade operacional, evitando subdimensionamento, retrabalho e inconsistências que comprometem resultados e produtividade.

Você vai encontrar neste conteúdo:

1. O que é um agitador magnético?
   1.1 Por que a escolha correta impacta precisão, segurança e produtividade.

2. Principais critérios para escolher um agitador magnético:
   2.1 Capacidade de agitação (volume máximo suportado).
   2.2 Faixa de velocidade e controle de RPM.
   2.3. Tipos de placas.
   2.4 Modelos com ou sem aquecimento.
   2.5 Viscosidade e tipo do fluido.
   2.6 Tamanho do peixinho.

3. Tipos de agitadores magnéticos:
   3.1 Modelo Padrão (compacto).
   3.2 Modelo com aquecimento (hotplate).
   3.3 Modelo Multiplace (várias posições de agitação).
   3.4 Mini agitadores para bancada.

4. Recursos adicionais que podem fazer diferença:
   4.1 Display digital de velocidade e temperatura.
   4.2 Interface USB/RS232 para monitoramento.
   4.3 Temporizador e rampas de programação.
   4.4 Proteções de segurança (sobreaquecimento, travamento da barra).
   4.5 Sistema de controle e segurança: Proteção IP42 e norma IEC 60083.

5. Custo-Benefício:
   5.1 Analisar uso real vs recursos excessivos.
   5.2 Diferença entre investimento inicial e durabilidade.

6. Checklist Final de Compra:
   6.1 Volume (L) – Capacidade e dimensões do peixinho.
   6.2 Com/Sem Aquecimento – Controle térmico e velocidade.
   6.3 Material da Placa – Resistência química e térmica.
   6.4 Faixa de RPM – Velocidade mínima e máxima.
   6.5 Torque Requerido – Viscosidade da amostra.
   6.6 Recursos Extras – Precisão e automação.
   6.7 Segurança – Proteção do equipamento e do usuário.
   6.8 Marca e Suporte – Confiabilidade a longo prazo.
   6.9 Orçamento – Custo-benefício.

7. Conclusão:

1. O que é um agitador magnético?

Equipamento de laboratório que utiliza o campo magnético para agitar um fluido, sem excesso de atrito hidráulico e em rotações de até 5.000rpm. É ideal para manter suas soluções em movimento contínuo por longos períodos, garantindo homogeneidade constante e, se necessário, uma temperatura precisa e estável.

Os agitadores magnéticos são recomendados para fluidos sensíveis e de baixa viscosidade; é ideal para pequenos espaços que demandam uma homogeneização silenciosa. Compacto, portátil e de rápida instalação, ocupa espaço mínimo, contribuindo para um ambiente de trabalho mais funcional.

Sua função primordial é garantir a agitação constante de soluções, com ou sem controle de temperatura, atendendo a qualquer necessidade do seu procedimento.  Os agitadores magnéticos são essenciais para laboratórios de análises, química e biologia; este equipamento é a ferramenta ideal para otimizar seus resultados em diversos contextos.

É amplamente utilizado em laboratórios de química, biologia, universidades e unidades de controle de qualidade; sua capacidade de mistura com o ímã evita contaminação cruzada por equipamentos, dessa forma, trazendo mais segurança para misturas sensíveis a substâncias externas.

É amplamente utilizado em laboratórios de química, biologia, universidades e unidades de controle de qualidade; sua capacidade de mistura com o ímã evita contaminação cruzada por equipamentos, dessa forma, trazendo mais segurança para misturas sensíveis a substâncias externas.

1.1 Por que a escolha correta impacta precisão, segurança e produtividade

A escolha do agitador magnético ideal depende diretamente das condições do processo e dos requisitos térmicos da sua aplicação. O ponto de partida é identificar se o processo exige apenas agitação ou se há necessidade de controle de temperatura durante a homogeneização.

Posteriormente é fundamental analisar a capacidade de armazenamento, temperatura máxima, rotação de trabalho, inversão da rotação, suporte de recipientes e níveis de acabamento do agitador magnético. Todos os equipamentos funcionam por meio de uma barra magnética revestida em Teflon, de diversos tamanhos, que gira sobre uma base, criando um vórtice no líquido.

2. Principais critérios para escolher um agitador magnético

2.1. Capacidade de agitação (volume máximo suportado)

Impacto do volume na eficiência da agitação

O volume total do fluido a ser agitado (e seu peso total) é o critério de seleção mais fundamental. O volume não apenas determina o tamanho da placa e do recipiente, mas, crucialmente, dita a quantidade de torque que o motor precisa gerar. Agitar 5 L de água exige muito mais força do motor do que agitar 500 ml, mesmo que o RPM seja o mesmo.

A falha mais comum ao subdimensionar um agitador é a perda de acoplamento magnético (spin-out), onde a barra magnética (peixinho) para de girar ou gira de forma instável porque o motor não consegue superar a resistência do fluido na velocidade desejada.

2.2 Faixa de velocidade e controle de RPM

É preciso escolher equipamentos com uma ampla faixa de rotação, dessa forma, podendo operar misturas delicadas em baixa rotação, como homogeneização de amostras biológicas (proteínas e enzimas, por exemplo), e aplicações mais turbulentas em altas rotações (como mistura de fluidos com diferentes densidades). Equipamentos como os da Só Hélices oferecem controle digital da rotação, dessa forma oferecendo controle preciso da velocidade.

2.3 Tipos de placas

Os tipos mais comuns de placas são:

  • Cerâmica: Alta resistência a químicos agressivos e altas temperaturas.
  • Aço Inox: Alta durabilidade e distribui o calor de forma uniforme.
  • Alumínio: Maior custo-benefício, porém mais sensível a produtos corrosivos.

2.4 Modelos com ou sem aquecimento

  • Quando usar um agitador magnético sem aquecimento:
    • Misturas em temperatura ambiente
    • Dissoluções simples
    • Homogeneização de líquidos de baixa viscosidade
    • Testes de solubilidade
    • Controle térmico feito por manta térmica ou banho-maria

 

  • Quando escolher um agitador magnético com aquecimento:
    • Reações químicas com controle térmico
    • Aumento da taxa de dissolução com calor
    • Sínteses orgânicas
    • Preparação de soluções com baixa solubilidade a frio
    • Testes microbiológicos ou análises térmicas

 

  • Quando o aquecimento é indispensável
    • Há ocasiões onde o aquecimento é o principal fator para que seja bem-sucedida, por exemplo, quando é necessário fazer a evaporação controlada de solventes, outro exemplo seria em reações endotérmicas como a decomposição de carboidratos.

2.5 Viscosidade e tipo do fluido

A densidade e a viscosidade do fluido têm impacto direto no esforço que o agitador magnético precisa exercer para manter a barra girando de forma estável. Para soluções leves, como solventes diluídos em água, podem ser feitas por motores de entrada por oferecerem baixa resistência ao movimento do ímã. Por outro lado, misturas mais viscosas, como óleos, géis ou polímeros, exigem muito mais do motor para que o ímã não descole da base e interrompa a mistura.

A situação se agrava quando envolve aquecimento, pois geralmente a solução está mais viscosa no começo e durante o processo, vai diminuindo sua resistência conforme ela ganha temperatura. Por isso que a escolha do agitador certo é tão importante para não comprometer a mistura.

2.6 Tamanho do peixinho

Barra magnética maior, ideal para grandes volumes. Promove uma agitação mais intensa e completa em todo o volume, criando um vórtice maior. Entretanto, é importante dar atenção, pois há risco de colidir com as paredes do recipiente em rotações altas.

Barra magnética menor, é ideal para pequenos volumes (menos de 100 ml). Agitação mais suave, geralmente focada em volumes menores ou em recipientes estreitos. Também representam menor risco de colisão em recipientes pequenos, mas pode ser ineficaz para grandes volumes.

3. Tipos de agitadores magnéticos

3.1 Modelo Padrão (compacto)

Modelos para uso geral, versáteis e econômicos. São ideais para rotinas básicas de laboratório. A construção da maioria agitadores magnéticos com modelo padrão,  combina estrutura robusta geralmente com pintura eletrostática de elevada durabilidade com plásticos de engenharia de alto desempenho. A superfície de contato também utiliza um desses materiais, garantindo a qualidade e resistência.

 

3.2 Modelo com aquecimento (hotplate)

Permitem misturar e aquecer simultaneamente. Muito usados em sínteses químicas, dissoluções e reações controladas.

3.3 Multiplace (várias posições de agitação)

Possuem várias posições de agitação independentes ou sincronizadas. Perfeitos para laboratórios que realizam grande volume de análises.

3.4 Mini agitadores para Bancada 

Portáteis, leves e ideais para pequenos volumes, frascos individuais ou testes rápidos.

4. Recursos adicionais que podem fazer diferença

Os recursos extras elevam o agitador de uma ferramenta básica para um equipamento de alta performance, melhorando a rastreabilidade e a segurança do processo.

4.1 Display digital de velocidade e temperatura

Um equipamento que dispõe de controle digital de RPM, traz consigo a precisão em processos de alta repetibilidade, e também oferece a possibilidade de fazer incrementos discretos e concisos.

4.2 Interface USB/RS232 para monitoramento

Permite conectar o agitador a um computador ou sistema LIMS (Laboratory Information Management System), isso é fundamental para:

Data Logging: Registrar continuamente as condições de agitação e temperatura em tempo real.

Controle Remoto: Programar e iniciar ciclos de agitação a partir de um software, garantindo a padronização e permitindo o trabalho automatizado.

4.3 Temporizador e rampas de programação

Vantagem: Este recurso permite programar o agitador para operar por um tempo específico ou seguir um protocolo térmico complexo. Por exemplo, aquecer a 50°C, manter por 30 minutos (patamar) e depois agitar em 1000 RPM por mais 1 hora. Isso é crucial para reações cinéticas e sínteses orgânicas que dependem de perfis de temperatura e tempo rigorosos.

4.4 Proteções de segurança (sobreaquecimento, travamento da barra)

Sobre-aquecimento: Sensores de segurança que desligam automaticamente o aquecimento se a temperatura da placa ou do sensor externo exceder um limite pré-definido, protegendo tanto o equipamento quanto o operador e a amostra.

Travamento da barra: Alguns modelos detectam se a barra magnética parou de girar (por alta viscosidade ou desprendimento) e emitem um alerta ou tentam retomar a agitação, garantindo que o processo não seja interrompido silenciosamente.

4.5 Sistema de controle e segurança: Proteção IP42 e norma IEC 60083

O agitador magnético com aquecimento da Só Hélices oferece um controle analógico tanto para a velocidade de rotação quanto para a temperatura. Uma superfície reforçada contra químicos agressivos e que tem proteção IP42, que garante proteção contra objetos sólidos maiores que 1 mm e proteção contra respingos de água na vertical, em até 15°. Reduzindo drasticamente o risco de curto-circuito e aumentando sua durabilidade em produção.

Além disso, o agitador respeita a norma IEC 60083, ou seja, tem cabeamento ideal para dispositivos que geram calor, não sofrendo com derretimento e deformações com seu uso mesmo em capacidade máxima, seguindo todos os padrões internacionais.

5. Custo-Benefício

A análise de custo-benefício não deve se limitar ao preço de compra. Deve-se calcular o Custo Total de Propriedade (TCO).

5.1 Analisar uso real vs recursos excessivos

É fundamental ser honesto sobre a necessidade. Um agitador com rampas programáveis e controle pode ser um investimento excessivo se o seu único uso for dissolver sais em água diariamente. Por outro lado, economizar em um modelo básico para uma síntese orgânica crítica pode levar à perda de batches caros, tempos de reação imprecisos e falta de controle em reações delicadas.

5.2 Diferença entre investimento inicial e durabilidade

Um equipamento com preço inicial mais alto, mas com motor robusto e placa de cerâmica de alta qualidade, pode durar 10 anos sem manutenção, resultando em um TCO menor do que um modelo mais barato que precisa de substituição após 3 anos ou que falha durante processos importantes, ou seja, um investimento mais alto pode se pagar com o passar dos anos.

Lembre-se: A principal economia no laboratório vem da confiabilidade e da repetibilidade dos resultados, e não do preço de compra mais baixo.

6. Checklist final de compra

6.1 Volume (L) – Capacidade e Dimensões do Peixinho

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Volume (L) Qual o volume máximo que você precisará agitar? Qual o tamanho (comprimento) do peixinho necessário para garantir uma agitação eficaz no volume mínimo e máximo? O agitador deve ser classificado para suportar o volume máximo (e peso total) da amostra. Agitadores subdimensionados podem perder o acoplamento magnético. Regra geral: peixinho com 2/3 a 3/4 da largura do fundo do recipiente. Peixinhos maiores geram maior torque. Verifique se o agitador acomoda o diâmetro do recipiente usado.

6.2 Com/Sem Aquecimento – Controle Térmico e Velocidade

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Com/Sem Aquecimento Qual a temperatura máxima (°C) requerida? É necessário possuir placa aquecedora? Se houver aquecimento: confira faixa de temperatura e velocidade de aquecimento. Modelos chegam a 300–550°C. Avalie uniformidade térmica e tempo até atingir o set point. Em aplicações sensíveis pode-se usar agitador sem aquecimento ou banho-maria externo.

6.3 Material da Placa – Resistência Química e Térmica

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Material da Placa Cerâmica para químicos agressivos/alta temperatura ou Aço Inox/Alumínio para uso geral. Cerâmica: alta resistência química e térmica; fácil de limpar; maior inércia térmica e mais frágil. Aço/Alumínio: excelente transferência de calor; robusto; porém menor resistência a corrosivos.

6.4 Faixa de RPM – Velocidade Mínima e Máxima

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Faixa de RPM Qual a rotação mínima e máxima necessária? Ex.: 10–5000 RPM. Define versatilidade. RPM mínimo evita aeração em volumes pequenos. RPM máximo acelera dissolução e mistura de fluidos viscosos. Verifique estabilidade e controle de velocidade constante.

6.5 Torque Requerido – Viscosidade da Amostra

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Torque Requerido Baixo torque para baixa viscosidade; alto torque para fluidos pesados. Torque é a força do motor para vencer resistência do fluido. Amostras viscosas exigem alto torque para evitar perda de acoplamento magnético. Motores potentes e acionamentos por engrenagem oferecem mais torque.

6.6 Recursos Extras – Precisão e Automação

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Recursos Extras Display digital, timer, controle externo (Pt1000). Display: aumenta precisão e reprodutibilidade. Sonda Pt1000: controla temperatura diretamente no líquido, precisão de até 0,1°C. Timer: útil para processos com tempo definido.

6.7 Segurança – Proteção do Equipamento e do Usuário

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Segurança Proteção contra sobreaquecimento e IP42+ Proteção térmica: desliga o aquecimento se a placa ultrapassar limites seguros. IP42: mínimo para proteção contra respingos; em laboratórios mais exigentes, recomenda-se IP mais alto.

6.8 Marca e Suporte – Confiabilidade a Longo Prazo

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Marca e Suporte Garantia, assistência técnica, peças de reposição. Prefira marcas de alta durabilidade. Verifique prazo de garantia, disponibilidade de calibração, manutenção e reposição. Suporte local reduz tempo de parada.

6.9 Orçamento – Custo-Benefício

Critério Verificação / Especificação Necessária Detalhes Cruciais
Orçamento Definir o limite de investimento. Modelos simples são mais baratos. Recursos como display digital, Pt1000, alto torque e segurança avançada aumentam o custo. Avalie custo-benefício, não apenas preço.

7. Conclusão

A escolha do melhor agitador magnético é sempre relativa, pois depende das necessidades e condições específicas de cada processo. Um agitador básico pode ser perfeito para um laboratório de biologia que lida com baixos volumes e temperaturas ambiente, enquanto um modelo de alto torque é essencial para uma bancada de síntese química avançada.

Se houver qualquer dúvida sobre qual modelo se encaixa perfeitamente no seu protocolo, não hesite em nos consultar. Chame no (11) 98478-7001 (WhatsApp) ou envie um email: [email protected]

Conheça nossos agitadores magnéticos em nossa loja física em São Paulo, estamos na: Rua Américo Brasiliense, 1490 – Sala 77 – Chácara Santo Antônio, São Paulo – SP, 04715-002

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