Uma pequena indústria brasileira em tempos de Coronavírus

Objetivo: Apresentar as dificuldades do pequeno industrial brasileiro em tempos de Coronavirus

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Conheça como nasce uma pequena indústria no Brasil e porque em tempos de Coronavírus clarificam o verdadeiro sedentarismo do mercado nacional, chacinando o micro fabricante.

O motivo desse artigo não é incendiar o momento que estamos enfrentando. É apenas um manifesto do que acreditamos ser a verdadeira indústria nacional. Um quinhão sedentário e completamente primitivo, anos luz do que é a legítima indústria 4.0. Quem resolve empreender em nosso país através de uma pequena indústria é considerado um desvalido operacional.

Como todos os brasileiros, sabemos da profundidade dos desafios que nos convocam nesse momento. Muita polêmica tem se formado, prova cabal que nenhuma nação estava preparada para enfrentar tamanha pandemia. O Coronavírus (COVID-19) veio para tonificar que o novo poder está na coletividade, e é infinitamente maior que o pensamento unilateral. Contudo o objetivo desse texto é destacar o precário olhar que a sociedade brasileira tem,  frente a pequena indústria, sobretudo, quem opera no segmento de bens de capital.

O sucesso de qualquer indústria está diretamente relacionado com a eficiência da sua linha de produção. Se a operação é capaz de gerar valor agregado com custos enxutos, a sua lucratividade é maximizada, assim como a sua capacidade de reinvestimentos em seu próprio crescimento. Entretanto, adoraria afirmar que quem deixa de se atualizar tecnologicamente na indústria brasileira será ultrapassado rapidamente pela concorrência. Isso beira a pateticidade. É impossível o pequeno industrial iniciar um negócio com tecnologia embarcada de ponta, tanto no chão, operação e logística. Ele começa como pode, do que jeito que dá.

 

O início do embrião na indústria nacional

Via de regra o pequeno industrial inicia o negócio por necessidade. Provavelmente seu último emprego o dispensou das atividades profissionais. Aciona o seguro desemprego e não consegue recolocação por um período de aproximadamente 8 meses. Fica aflito, sente-se faltoso com sua família e por imposição do estágio que se encontra, decide caminhar para a cruel estrada do empreendedorismo brasileiro. Precisa começar algo, seja lá qual for, e trazer recursos financeiros à sua família.

Na maior parte dos casos o pequeno embrião da indústria adquire através de um leilão uma máquina com tecnologia ancestral, que provavelmente estava desativada há anos, reforma poucas peças para ter uma mínima condição de ciclicidade e inicia a produção. Provavelmente quem o ajude na linha de frente é a sua esposa, irmão, filho ou cunhado. Todos desconhecem o uso e a verdadeira importância técnica do EPI.

O pequeno industrial nacional não tem escolha, precisa colocar a mão na massa em todas as etapas. A entrega é realizada com seu próprio veículo, que não é pickup ou caminhão VUC. Provavelmente é um carro hatch ou sedan de médio porte que roda com sua família ha mais de 10 anos.

A pressão por fechar a venda junto ao cliente é muito alta. O pequeno industrial não consegue atender grandes players, portanto se vê ofertando seus produtos em um horizonte dos médios, pequenos e micros empreendedores. Comerciantes que trabaham com apenas uma, duas ou poucas filiais, que também são expremidos pelas grandes redes e grupos. Arrisco a afirmar que está cada vez mais difícil e complexo realizar uma venda. O cliente além de exigir prazos, praticamente mastiga o pequeno industrial com margens de lucro apertadíssimas. Nada pode dar errado, caso contrário, pagará para trabalhar.

Um dos maiores problemas enfrentados pelo pequeno industrial além da extrema burocratização da legislação trabalhista e fiscal, é sem sombra de dúvidas, a dificuldade da compreensão do poder de uma gestão bem feita. Otimizar processos para reduzir ou eliminar perdas durante a produção, encontrar fornecedores com os melhores custos x qualidade. Isso está anos luz do seu entendimento. Ademais, planejar e executar ações de vendas, marketing, especialmente as que envolvem o meio digital também são distantes do pequeno industrial.

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Status Quo do pequeno industrial

Esse contexto permanece ao longo dos primeiros anos, trabalhando “literalmente” para sobreviver. Sua administração é realizada ao melhor estilo cobertor curto. Paga aqui, deixa de pagar ali. Caso o pequeno industrial consiga superar a letal taxa em que 1 a cada 4 empresas fecha antes de completar 2 anos, ele é considerado um absoluto vitorioso. Entretanto, suada vitória que não dá medadas ou troféus. Dinheiro que é bom está muito longe de desfrutar.

Muitos brasileiros continuam trabalhando por anos a fio até conseguir melhorar esse caótico cenário. Agora adicione a tudo isso questões de ineficiência econômica, brigas políticas, pandemia por Coronavírus (COVID-19), trazendo ainda mais pressão pelos desafios, mudanças e falta de previsibilidade ao pequeno industrial nacional. Com a desorientação técnica não sabe onde buscar ajuda. Entidades do setor promovem maciças campanhas que ajudam superficialmente, bancos ofertam pseudo facilidades financeiras, etc. Fica imerso em uma profunda reflexão solitária. Sendo obrigado a tomar decisões muitas vezes por feeling, sem a menor qualificação e conhecimento técnico.

 

Pequena indústria e sua importante função social

Isso é o verdadeiro empreendedorismo nacional em tempos de quarentena e pandemia. O herói do capitalismo brasileiro, responsável por quase 53% da mão de obra formal e respondem por 40% da massa salarial. O crescimento e diversificação das atividades empreendedoras se deve, em grande parte, à crise econômica. Quase todos os novos empreendedores não conseguem recolocação. Aproximadamente 38% do total de brasileiros em idade produtiva estão envolvidos com algum tipo de atividade na área dos micro e pequenos empreendedores, o que representa cerca de 53 milhões de pessoas. As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor.

 

Reflexões reais de um embrião na indústrial brasileira

Essa é a verídica e autentica história da constituição da Só Hélices. Não é melhor ou pior que a grande maioria dos pequenos empreendedores no Brasil. Em nosso time quase todo mundo tem trajetórias pessoais completamente distintas. Defendemos causas, votos, ideias e projetos contrários, mas sempre respeitando o outro. Aqui temos em comum o compromisso com a democracia. Com a liberdade, a convivência plural e o respeito mútuo. Sem vitimização barata!  Acreditamos em um úncio Brasil. Formado por todos os seus pequenos empreendedores, que como eu, acordam às 05 da manhã e vão à luta.

Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na história e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações. Entretanto pouco fizeram verdadeiramente pelo próximo. Faça uma reflexão do político que olhou com atenção para o pequeno industrial nacional e destacou esforços para minimizar a extensa desigualdade economica que só aumenta todos os dias.

Paramos toda a produção para fabricar exclusivamente os misturadores de álcool gel. que são vitais para o combate da disseminação do Coronavírus (Covid-19). Oferecemos nossos equipamentos a preço de custo para que o empresário produza imediatamente esse poderoso antisséptico. Todo brasileiro precisa ter acesso ao álcool gel com preços acessíveis. Acredito que se cada um fizer sua parte o resultado será muito maior. Não importa de onde venha a ajuda, ela é vital para saírmos dessa.

A economia vai se resolver, como sempre se resolveu. A Europa foi devastada em 1945 e virou o que virou, aquele império de desenvolvimento. Agora tá sendo devastada de novo e vai levantar de novo. Pensando nisso, preparamos um material muito especial e de enriquecimento comum para todos os brasileiros em tempos de COVID-19. A idéia é orientar suavizando essa ebulição de informações que jamais imaginariamos obter.

Foi preparada com carinho, por mim.

Tudo vai passar. Que Deus nos proteja e abençoe, sempre.

Abração, Henrique Linhares

 

Responsável pelo Conteúdo

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