Conheça tudo sobre o mercado de tintas
O Brasil é o sexto maior mercado mundial para tintas. Conheça algumas técnicas e segredos para auxiliar você explorar este promissor segmento.
O Brasil é reconhecido por ser um dos maiores fabricantes de tintas do mundo. Figura há anos entre os 5 maiores mercados mundiais nas linhas imobiliárias e automotivas. Fabricam-se no país tintas destinadas a todas as aplicações, com tecnologia de ponta (híbrida) e grau de competência técnica comparável à dos mais avançados centros mundiais de produção. Além de abrigar boa parte dos grandes produtores, é líder em vendas por toda a américa latina.
No entanto, o consumo brasileiro de tintas per capita foi de apenas 7,3 litros por habitante, contra os mais de 21 litros/habitante que os principais países da Europa, Ásia e América do Norte apresentam. Portanto, há um enorme potencial de crescimento nos próximos anos. Essa é a hora de iniciar uma mini-fábrica de tintas e sair vendendo. Não é complexo, é bastante acessível e altamente rentável.
Neste artigo vamos explorar e conhecer alguns dos principais elementos para quem deseja fabricar tintas, como: lista de matérias primas, equipamentos (dispersores de tintas), quem fabricam as máquinas e equipamentos, fornecedores específicos, custo real de fabricação, embalagens, vídeos educativos, maiores fabricantes que atuam no mercado nacional e muito mais.
Entenda a composição basica da tinta
A tinta é composta, basicamente, das seguintes substâncias: pigmento, veículo ou aglutinador, solvente ou redutor e aditivo. O pó colorido presente na mistura que constitui a tinta é denominado pigmento. O líquido que contém o pigmento e o torna fácil de se espalhar é chamado de veículo ou aglutinador. Uma boa tinta deve possuir inúmeras características, porém, existem fatores fundamentais que atestam a qualidade de uma tinta, tais como: a intensidade da sua cobertura, capacidade por espessura (rendimento), estabilidade durante o armazenamento, secagem, aderência, viscosidade e etc.

A magia das cores pigmentos
São divididos em dois principais: base e inerte. Pigmentos bases dão cor à tinta. Compostos de metais como o chumbo, já foram muito usados na fabricação de pigmentos bases. Atualmente, os fabricantes de tintas empregam sintéticos (substâncias artificiais) para a maioria dos pigmentos bases.
Os pigmentos inertes são materiais, como carbonato de cálcio, argila, silicato de magnésio, mica ou talco, que conferem maior durabilidade à tinta.
O FUNDAMENTAL Veículos ou Aglutinadores
Como o próprio nome diz, servem para aglutinar (unir) as partículas de pigmentos. Os veículos ou aglutinadores incluem óleos, vernizes, látex e resinas naturais e sintéticas. Por exemplo, um veículo de látex é obtido através da suspensão de partículas de resina sintética em água. Essa suspensão é chamada de emulsão. Tintas que utilizam esses veículos são denominadas tintas látex, ou emulsão. Quando um veículo entra em contato com o ar, seca e endurece. Essa ação transforma a tinta em uma película rígida que retém o pigmento sobre a superfície.


vISCOSIDADE Solventes
São adicionados à tinta para torná-la mais fluida. Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente. As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são chamadas tintas à base de água. Tintas insolúveis em água requerem solventes orgânicos, como subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à base de solvente.
IDENTIDADE ADITIVOS
Substância que, adicionada às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes: secantes, anti-sedimentares, niveladores, antipele, antiespumante, etc.
Lista de Matérias-Primas

- Água
- Dispersante de cargas minerais
- Dispersante secundário
- Umectante de cargas
- Nitrito de Sódio
- Espessante de Acrílico
- CMC
- Éter de Celulose
- Alcalizante
- Agentes antiespumantes
- Agalmatolito
- Talco
- Calcita Natural
- Calcita Micronizada
- Carbonato precipitado extra leve
- Dolomita
- Outras Cargas
- Dióxido de Titânio
- Aguarrás
- Emulsão Acrílica
- Emulsão Parafínica
- Coalescente Nobre
- Coalescente Operacional
- Espessante Reológico
- Bactericida
- Fungicida
- Algicida
- Mascarante e Odorizante
A fabricação de tintas é um processo meticuloso que envolve a harmonização precisa de seus componentes fundamentais. Desde as resinas que garantem aderência e flexibilidade até os solventes que proporcionam a aplicação adequada, cada elemento desempenha um papel crucial. Os pigmentos, seja na proteção contra oxidação ou na criação de cores vibrantes, e os aditivos, como os secantes e anti-bolhas, contribuem para a qualidade final do produto. A interação entre esses componentes não só influencia na estética, mas também assegura a durabilidade e proteção das superfícies. Assim, a compreensão dos elementos e do processo de fabricação das tintas industriais é fundamental não apenas para a indústria, mas também para garantir a qualidade e eficácia desses produtos em diversas aplicações do nosso dia a dia.
Custo para Fabricação
Para iniciar a produção de uma fábrica de tintas no Brasil é possível com aproximadamente R$ 30.000,00. Os equipamentos são baratos, não tem tecnologia embarcada que justifique desencaixar grandes somas de investimentos. Tampouco pertence ao segmento de domínio sensível. O elevado investimento será na aquisição de embalagens metálicas e matérias-primas (químicas).

Não esqueça da segurança
Ao iniciar uma fábrica de tintas é necessário que o empresário tenha em mente que são várias as normas que deverá seguir para garantir o equilíbrio ambiental e a saúde de seus trabalhadores. Neste artigo falaremos de dois grandes blocos de legislação que estão intimamente ligadas a parte operacional de uma indústria de tintas: ambiental e de segurança do trabalho.
Vamos iniciar aqui com a abordagem ambiental já que ela deve estar presente até mesmo na escolha do local em que será instalada a fábrica de tintas.
Licença Ambiental para uma fábrica de tintas
A fabricação de tintas necessita de licenciamento ambiental, e por ser considerada fator de poluição nível 5 traz algumas exigências mais restritivas, como por exemplo, não poder ser instalada em áreas residenciais. É preciso que antes de comprar ou alugar um imóvel para esse fim, consultar a legislação municipal de zoneamento.
O empresário deve solicitar junto a prefeitura um documento chamado Certidão de Uso e Ocupação de Solo. É neste documento que encontramos o zoneamento do endereço de interesse e as restrições de uso. Cabe lembrar aqui que a certidão de uso e ocupação de solo deve trazer informações relativas as áreas de preservação ambiental, ou seja, seguir o determinado na Lei Federal 12651/12, que entre outras normativas determina a distância mínima da instalação de empreendimentos próximos a corpos hídricos ou nascentes.
Confirmada a autorização para determinado uso do solo na esfera municipal, o segundo passo é a solicitação do licenciamento ambiental do empreendimento. De acordo com Resolução CONAMA 237/1997, o licenciamento ambiental é o “procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação do empreendimento e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas potencialmente poluidoras ou daquelas, que de qualquer forma, possam causar degradação ambiental”.
Para as empresas fabricantes de tintas, o licenciamento ambiental é feito na esfera estadual e é composto por 3 fases: licença prévia, de instalação e operação. Na licença prévia o órgão responsável aprova a localização e a concepção do empreendimento ou atividade, atestando a sua viabilidade ambiental e estabelece requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nos próximos passos.
Licença de Instalação de uma fábrica de tintas
Já na licença de instalação de uma fábrica de tintas é expresso o consentimento para início da implantação do empreendimento ou atividade, de acordo com as especificações constantes nos planos, programas e projetos aprovados, incluindo medidas de controle ambiental. Por último, o órgão ambiental libera a licença de operação a qual manifesta concordância com a operação da atividade, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta nas licenças anteriores, com medidas de controle ambiental e condicionantes determinadas.
As licenças determinam os controles ambientais necessários. Tais controles são embasados por outras leis, decretos, resoluções ou portarias. Para a fabricação de tintas podemos destacar três grandes grupos de requisitos legais: água/efluente, emissões atmosféricas e resíduos sólidos. Todo efluente industrial gerado nas fábricas de tintas devem ser dispostos na rede coletora de esgoto ou mesmo em corpos hídricos somente após passarem por tratamento adequado, atendendo aos parâmetros determinados pela Resolução CONAMA 430/2011.
As emissões atmosféricas provenientes dos processos produtivos devem ser controladas seguindo as resoluções CONAMA 382/2006 e 436/2011. E por último, vem a Lei 12.305/2010 que instituí a Política Nacional de Resíduos Sólidos e determina normas quanto a hierarquia na gestão de resíduos, meios de armazenamento, responsabilidade compartilhada e logística reversa. Além das legislações, é importante destacar também normas brasileiras como a NBR 10.004 que traz a classificação dos resíduos sólidos e a NBR 12.235 que dá as diretrizes para o armazenamento de resíduos perigosos.
Lembrando que aqui enfatizamos as legislações federais, mas para cada estado há legislações específicas, que podem ser até mais restritivas do que as federais. É o caso do Estado de São Paulo, que por meio da Decisão de Diretoria CETESB nº 114/2019 determina que as empresas fabricantes de tintas imobiliárias realizem a logística reversa de suas embalagens pós consumo.
Também não podemos deixar de citar as licenças obrigatórias para a compra, utilização e transporte de determinados produtos químicos controlados como o caso de alguns solventes como xileno, tolueno, isopropanol, entre outros. Três órgãos fazem o controle destas substâncias: Exército, Polícia Civil e Polícia Federal. Além das autorizações emitidas por esses órgãos, a empresa deve apresentar periodicamente informações de quantidade de compra, utilização e venda dos produtos controlados.
Passando da área ambiental para o enfoque da saúde do trabalhador da indústria de tintas, falaremos agora sobre as normas regulamentadoras do trabalho (NRs). Atualmente temos XX normas regulamentadoras em vigor, porém nem todas se enquadram em uma fábrica de tintas. Aqui destacamos as mais comuns, iniciando com a NR 01 que traz as disposições gerais para a segurança e saúde do trabalhador.
De acordo com esta norma regulamentadora, a empresa deve elaborar ordens de serviço sobre segurança de cada atividade e capacitar seus funcionários sobre a prevenção dos riscos no ambiente de trabalho. Outra NR que é aplicável em qualquer empresa que tenha funcionários é a NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, ou mais conhecida como CIPA.
Uma fábrica de tintas também deve propiciar equipamentos e maquinários adequados para a realização de suas atividades. A obrigatoriedade dos equipamentos de proteção individual está determinada pela NR 06 que traz as obrigações do empregador e do empregado quanto ao EPI. Na NR 12 – Segurança em Máquinas e Equipamentos são encontradas diretrizes quanto a dispositivos de segurança, sinalização, manutenção, inspeções etc.
Os riscos químicos, físicos e biológicos de uma indústria de tintas devem ser descritos no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, tratado na NR 09. Nesse programa tem como objetivo a identificação dos riscos e a definição de seus respectivos controles operacionais. Após identificados os riscos, um médico do trabalho irá avaliar quais são os monitoramentos necessários para a avaliação da saúde do trabalhador.
Neste caso, mais uma norma regulamentadora será aplicada – NR 07: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Também são necessários laudos que atestem a insalubridade (NR 15) ou periculosidade (NR 16) do local de trabalho. Para empresas que utilizam e/ou fabricam produtos inflamáveis, mais uma norma regulamentadora é aplicável. Falamos aqui da NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.
Por fim, outras duas NRs que devem ser seguidas na fabricação de tintas são as NR 23 e NR 26. A primeira trata de proteção contra incêndio e a segunda sobre sinalização de segurança que inclui tanto a rotulagem de produtos químicos como também a FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos.
Importante lembrar aqui que as obrigações legais referentes a meio ambiente e segurança do trabalho não se encerram apenas com os exemplos citados. Dependendo da particularidade de cada empresa, outros requisitos legais podem ser aplicados. Outro ponto de destaque é que tais regulamentos não devem ser cumpridos apenas como obrigação mas também como uma oportunidade estratégica de melhoria da operação e da qualidade de vida de seus colaboradores.
Tenha o equipamento correto
Nosso formato de disco dispersor de tintas é perfeitamente compatível com todas as marca de reatores, masseiras, tanques, agitadores e dispersores fabricados no Brasil. Independentemente do diâmetro do eixo de fixação, nossa furação central é personalizada para acoplamento rápido e seguro.
Elimine todos os coágulos mal dispersos, tempo de produção e qualquer gap que encareça seu produto final (tinta). O disco dispersor de tintas é recomendado para trabalhar com ampla performance em todos os tamanhos e capacidades de recipientes com qualquer carga de sólido presente na tinta. Aletas desenvolvidas para desestabilizar as partículas moleculares dos dióxidos, resinas e pigmentos em todas as viscosidade e densidades.
Os espaçamentos das aletas promovem o maior deslocamento de massa por centímetro cúbico ((cm3), entregando uma dispersão de tinta mais limpa e totalmente estável. Além de potencializar a eficiência energética do equipamento, minimizando o custo de amperagem hora/pólo.
Conte com a Só Hélices
Temos conteúdos completos para ajuda-lo na produção da sua tinta. Separamos alguns artigos extras para auxiliar-lo nesse processo.

Tintas Imobiliárias: O que é e qual sua composição?





