Conheça tudo sobre o mercado de tintas
Brasil: Um dos Maiores Mercados de Tintas do Mundo — Descubra Como Aproveitar Esse Potencial
O Brasil é atualmente o 6º maior mercado global de tintas, consolidando-se como um polo estratégico para a indústria química. Neste artigo, você vai conhecer técnicas, dados de mercado e segredos industriais para explorar esse setor altamente promissor, especialmente se deseja montar uma fábrica de tintas do zero.
Reconhecido mundialmente por sua capacidade produtiva, o Brasil está entre os cinco maiores mercados nas categorias de tintas imobiliárias e automotivas. O país fabrica tintas para diversas aplicações — do uso arquitetônico à indústria pesada — utilizando tecnologias de ponta, como sistemas híbridos de alto desempenho. Além disso, abriga importantes multinacionais do setor e lidera as vendas em toda a América Latina.
Apesar da força industrial, o consumo per capita de tintas no Brasil ainda é baixo: apenas 7,3 litros por habitante, enquanto países da Europa, Ásia e América do Norte ultrapassam os 21 litros por pessoa. Esse dado revela um enorme potencial de crescimento, especialmente para quem deseja investir em mini fábricas de tintas ou atuar como fornecedor regional. O momento é oportuno: o mercado está aquecido, a barreira de entrada é acessível, e a rentabilidade é alta.
Ao longo deste conteúdo, você terá acesso a um guia técnico e prático para quem deseja ingressar ou se especializar na fabricação de tintas, incluindo:
Lista completa de matérias-primas essenciais
Equipamentos industriais, como dispersores, agitadores e tanques
Fabricantes e fornecedores confiáveis de máquinas
Custos reais de produção por litro
Embalagens utilizadas nas linhas standard e premium
Vídeos técnicos e treinamentos gratuitos
Maiores players do setor nacional e suas estratégias
Tendências para 2025 segundo a ABRAFATI e Paint & Pintura
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Fórmula Base – Tinta Imobiliária Acrílica Fosca Econômica:
Abaixo está uma fórmula padrão para fabricação de 1.000 litros de tinta imobiliária base água – linha standard (fosca), usada com frequência por fabricantes brasileiros segundo referências técnicas adquiridas no atendimento da Só Hélices em mais de 300 fábricas de tintas em todo o Mercosul.
Matéria-Prima | Quantidade Aproximada (kg ou L) | Função Técnica |
---|---|---|
Água deionizada | 400 – 450 L | Veículo base para solubilização e ajuste de viscosidade |
Carga mineral (CaCO₃, talco) | 280 – 320 kg | Preenchimento, controle de brilho, redução de custo |
Pigmento (TiO₂ Rutilo) | 80 – 100 kg | Poder de cobertura e opacidade |
Espessante acrílico | 3 – 6 kg | Controle de viscosidade e reologia |
Aditivos de dispersão | 1 – 3 kg | Estabilização e molhamento de pigmentos |
Aditivo antiespumante | 0,5 – 1,5 kg | Redução de espuma durante produção e aplicação |
Resina acrílica pura ou estireno-acrílica (50%) | 120 – 150 kg | Aglutinante: promove aderência, resistência e coesão |
Coalescente | 5 – 10 kg | Auxilia na formação do filme à temperatura ambiente |
Bactericida/fungicida | 0,5 – 1 kg | Proteção microbiológica durante armazenamento e aplicação |
Amoníaco ou neutralizante | 0,5 – 1 kg | Ajuste de pH para estabilidade da formulação |
Corante (opcional) | 0 – 2 kg | Ajuste de tonalidade |
TOTAL FINAL | ~1.000 litros |
Matérias-Primas Essenciais para Fabricação de Tintas Imobiliárias
A composição de uma tinta imobiliária padrão envolve diferentes classes de insumos, cada um com uma função técnica fundamental. A seleção correta influencia diretamente a viscosidade, cobertura, durabilidade, brilho e tempo de secagem.
1. Resina Acrílica (Ligante)
Função: Forma o filme da tinta após a secagem; define aderência, resistência e durabilidade.
Exemplos: Emulsão acrílica pura, estireno-acrílica, vinil-acrílica.
2. Pigmentos
Função: Conferem cor e opacidade.
Principais:
Dióxido de Titânio (TiO₂) – brancura e poder de cobertura
Negro de fumo – tons escuros e cinzas
Óxidos de ferro – tons terrosos
Pigmentos orgânicos – tons vibrantes
3. Cargas Minerais (Extensores)
Função: Reduzem custo, controlam brilho e aumentam o volume sólido.
Principais:
Caulim
Carbonato de cálcio
Talco industrial
Sílica
4. Coalescentes
Função: Ajudam na formação do filme em baixas temperaturas.
Exemplo: Texanol, Butilglicol.
5. Espessantes e Reologistas
Função: Controlam a viscosidade e a aplicação (nivelamento, resistência ao escorrimento).
Tipos:
Celulose (HEC)
Acrílicos associativos (ASE, HASE)
Uretânicos (HEUR)
6. Aditivos
Função: Estabilizam a formulação e conferem propriedades específicas.
Principais:
Dispersantes – impedem sedimentação dos pigmentos
Antiespumantes – evitam formação de bolhas no envase
Umectantes – facilitam a dispersão de pigmentos
Fungicidas e bactericidas – prolongam a vida útil
Agentes antiespumantes e antiespalhamento
7. Água Desmineralizada
Função: Meio de dispersão, facilita a mistura dos sólidos com os líquidos e ajusta a viscosidade.
Importância: Controla pH, evita contaminações e interfere na estabilidade da tinta.
8. pH Ajustador
Função: Estabiliza a emulsão e otimiza a performance dos aditivos.
Exemplo: Hidróxido de amônio, trietanolamina.
Resumo – Proporção Média para 1000 Litros de Tinta Standard
Classe | Faixa de Uso (%) | Observação Técnica |
---|---|---|
Resina acrílica | 15 a 20% | Define resistência e durabilidade |
Dióxido de Titânio | 6 a 10% | Poder de cobertura e brancura |
Cargas minerais | 20 a 35% | Controle de brilho e custo |
Pigmentos coloridos | 0,5 a 2% | Dependendo da cor e tonalidade desejada |
Coalescente | 1 a 3% | Essencial para formação de filme |
Espessantes | 0,3 a 1% | Ajuste de reologia |
Aditivos diversos | 1 a 3% | Antiespumantes, fungicidas, dispersantes |
Água | 30 a 50% | Meio de dispersão e controle de viscosidade |
Entenda a composição basica da tinta
A tinta é composta, basicamente, das seguintes substâncias: pigmento, veículo ou aglutinador, solvente ou redutor e aditivo. O pó colorido presente na mistura que constitui a tinta é denominado pigmento. O líquido que contém o pigmento e o torna fácil de se espalhar é chamado de veículo ou aglutinador. Uma boa tinta deve possuir inúmeras características, porém, existem fatores fundamentais que atestam a qualidade de uma tinta, tais como: a intensidade da sua cobertura, capacidade por espessura (rendimento), estabilidade durante o armazenamento, secagem, aderência, viscosidade e etc.
São divididos em dois principais: base e inerte. Pigmentos bases dão cor à tinta. Compostos de metais como o chumbo, já foram muito usados na fabricação de pigmentos bases. Atualmente, os fabricantes de tintas empregam sintéticos (substâncias artificiais) para a maioria dos pigmentos bases.
Os pigmentos inertes são materiais, como carbonato de cálcio, argila, silicato de magnésio, mica ou talco, que conferem maior durabilidade à tinta.
Como o próprio nome diz, servem para aglutinar (unir) as partículas de pigmentos. Os veículos ou aglutinadores incluem óleos, vernizes, látex e resinas naturais e sintéticas. Por exemplo, um veículo de látex é obtido através da suspensão de partículas de resina sintética em água. Essa suspensão é chamada de emulsão. Tintas que utilizam esses veículos são denominadas tintas látex, ou emulsão. Quando um veículo entra em contato com o ar, seca e endurece. Essa ação transforma a tinta em uma película rígida que retém o pigmento sobre a superfície.
São adicionados à tinta para torná-la mais fluida. Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente. As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são chamadas tintas à base de água. Tintas insolúveis em água requerem solventes orgânicos, como subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à base de solvente.
Substância que, adicionada às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes: secantes, anti-sedimentares, niveladores, antipele, antiespumante, etc.
Lista de Matérias-Primas
- Água
- Dispersante de cargas minerais
- Dispersante secundário
- Umectante de cargas
- Nitrito de Sódio
- Espessante de Acrílico
- CMC
- Éter de Celulose
- Alcalizante
- Agentes antiespumantes
- Agalmatolito
- Talco
- Calcita Natural
- Calcita Micronizada
- Carbonato precipitado extra leve
- Dolomita
- Outras Cargas
- Dióxido de Titânio
- Aguarrás
- Emulsão Acrílica
- Emulsão Parafínica
- Coalescente Nobre
- Coalescente Operacional
- Espessante Reológico
- Bactericida
- Fungicida
- Algicida
- Mascarante e Odorizante
A fabricação de tintas é um processo meticuloso que envolve a harmonização precisa de seus componentes fundamentais. Desde as resinas que garantem aderência e flexibilidade até os solventes que proporcionam a aplicação adequada, cada elemento desempenha um papel crucial. Os pigmentos, seja na proteção contra oxidação ou na criação de cores vibrantes, e os aditivos, como os secantes e anti-bolhas, contribuem para a qualidade final do produto. A interação entre esses componentes não só influencia na estética, mas também assegura a durabilidade e proteção das superfícies. Assim, a compreensão dos elementos e do processo de fabricação das tintas industriais é fundamental não apenas para a indústria, mas também para garantir a qualidade e eficácia desses produtos em diversas aplicações do nosso dia a dia.
Custo para Fabricação
Para iniciar a produção de uma fábrica de tintas no Brasil é possível com aproximadamente R$ 30.000,00. Os equipamentos são baratos, não tem tecnologia embarcada que justifique desencaixar grandes somas de investimentos. Tampouco pertence ao segmento de domínio sensível. O elevado investimento será na aquisição de embalagens metálicas e matérias-primas (químicas).
Não esqueça da segurança
Ao iniciar uma fábrica de tintas é necessário que o empresário tenha em mente que são várias as normas que deverá seguir para garantir o equilíbrio ambiental e a saúde de seus trabalhadores. Neste artigo falaremos de dois grandes blocos de legislação que estão intimamente ligadas a parte operacional de uma indústria de tintas: ambiental e de segurança do trabalho.
Vamos iniciar aqui com a abordagem ambiental já que ela deve estar presente até mesmo na escolha do local em que será instalada a fábrica de tintas.
Licença Ambiental para uma fábrica de tintas
A fabricação de tintas necessita de licenciamento ambiental, e por ser considerada fator de poluição nível 5 traz algumas exigências mais restritivas, como por exemplo, não poder ser instalada em áreas residenciais. É preciso que antes de comprar ou alugar um imóvel para esse fim, consultar a legislação municipal de zoneamento.
O empresário deve solicitar junto a prefeitura um documento chamado Certidão de Uso e Ocupação de Solo. É neste documento que encontramos o zoneamento do endereço de interesse e as restrições de uso. Cabe lembrar aqui que a certidão de uso e ocupação de solo deve trazer informações relativas as áreas de preservação ambiental, ou seja, seguir o determinado na Lei Federal 12651/12, que entre outras normativas determina a distância mínima da instalação de empreendimentos próximos a corpos hídricos ou nascentes.
Confirmada a autorização para determinado uso do solo na esfera municipal, o segundo passo é a solicitação do licenciamento ambiental do empreendimento. De acordo com Resolução CONAMA 237/1997, o licenciamento ambiental é o “procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação do empreendimento e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas potencialmente poluidoras ou daquelas, que de qualquer forma, possam causar degradação ambiental”.
Para as empresas fabricantes de tintas, o licenciamento ambiental é feito na esfera estadual e é composto por 3 fases: licença prévia, de instalação e operação. Na licença prévia o órgão responsável aprova a localização e a concepção do empreendimento ou atividade, atestando a sua viabilidade ambiental e estabelece requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nos próximos passos.
Licença de Instalação de uma fábrica de tintas
Licenciamento Ambiental e Requisitos Legais para Fábricas de Tintas
A instalação de uma fábrica de tintas exige a obtenção de licenças ambientais em etapas. A licença de instalação autoriza o início das obras conforme os projetos aprovados, incluindo medidas de controle ambiental. Após a verificação do cumprimento dessas exigências, é emitida a licença de operação, permitindo que a fábrica inicie suas atividades.
As licenças ambientais exigem o atendimento a legislações específicas, que abrangem três áreas principais: efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos. No caso dos efluentes, a Resolução CONAMA 430/2011 determina que os resíduos líquidos só podem ser descartados após tratamento adequado. Para emissões atmosféricas, aplicam-se as resoluções CONAMA 382/2006 e 436/2011. Já a gestão de resíduos deve seguir a Lei 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), que estabelece regras sobre coleta, armazenamento, responsabilidade compartilhada e logística reversa.
Além das leis federais, cada estado pode ter regras complementares ou mais rigorosas. Em São Paulo, por exemplo, a CETESB exige que fabricantes de tintas realizem a logística reversa das embalagens pós-consumo, conforme a Decisão de Diretoria 114/2019.
Outro ponto importante são as licenças obrigatórias para a compra e uso de produtos químicos controlados (como xileno e tolueno), reguladas pelo Exército, Polícia Civil e Polícia Federal. Essas substâncias exigem autorizações específicas e o envio periódico de relatórios sobre aquisição, uso e comercialização.
Normas de Segurança e Saúde do Trabalhador
No campo da segurança do trabalho, diversas Normas Regulamentadoras (NRs) se aplicam às indústrias de tintas. A NR 01 trata das diretrizes gerais de segurança, exigindo capacitação dos colaboradores e elaboração de ordens de serviço. A NR 05 estabelece a obrigatoriedade da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
A empresa também deve garantir equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, conforme a NR 06, e adotar sistemas seguros em máquinas, conforme a NR 12. Os riscos químicos, físicos e biológicos devem ser avaliados no PPRA (NR 09), e a saúde dos colaboradores monitorada via o PCMSO (NR 07).
Locais com condições insalubres ou perigosas devem seguir as NRs 15 e 16, e fábricas que utilizam produtos inflamáveis precisam atender aos requisitos da NR 20.
Por fim, destacam-se ainda a NR 23, que trata da prevenção e combate a incêndios, e a NR 26, que regula a sinalização de segurança, incluindo rotulagem e fichas FISPQ dos produtos químicos utilizados.
Conclusão:
As exigências legais não devem ser vistas apenas como obrigações, mas como ferramentas estratégicas para melhorar os processos, garantir a segurança dos colaboradores e fortalecer a sustentabilidade da operação. Cada empresa pode ter exigências adicionais conforme sua atividade, localização e produtos utilizados.
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Conte com a Só Hélices
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